terça-feira, 10 de novembro de 2009

A SINGULARIDADE DE DEUS

INTRODUÇÃO
Neste estudo iremos comentar sobre a Singularidade de Deus, dentro da visão monoteísta das escrituras Sagradas, que em sua essência apresenta Deus com suas características, e atributos divinos que só a Ele pertence, os quais identificam o único Deus verdadeiro.
Particularmente consideramos este tema bastante relevante, e muito oportuno no momento, pelo fato de estamos vivendo o cúmulo da apostasia generalizada, em que a concepção que a cristandade tem de Deus, é que ele seja uma divindade fragmentada em três personalidades diferente denominada “trindade”, a crença em um deus que é representado como sendo três pessoas distintas.
Infelizmente esta crença é defendida pela maior parte dos cristãos, até mesmo por aqueles que se dizem evangélicos, os quais estão deixando se levar por filosofias vãs, sendo eles enganados por teólogos e suas teologias, por filósofos e suas filosofias, os quais tem procurado deturpar o princípio monoteísta das Escrituras Sagradas, que afirma categoricamente, dizendo que Deus é único: “Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antigüidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim”. (Is.45:21).
“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim”. (Is. 46:9). O profeta Isaías nos convida a tomar conselho e lembrar da antiguidade desde Abraão que Deus é único, e Deus insiste em dizer que ele é o único Deus e não há outro. (Conf. Is. 45:21).
O apostolo Paulo também nos leva a retomar este antigo conceito abraônico do “Deus único”, quando afirma: “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele. a é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.
Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele”. (1.Cor. 8:3-6).
Não deixando jamais de observar o antigo principio bíblico monoteísta, reiterado pelo apóstolo Paulo, que diz: “Todavia para nós há um só Deus”, (1.Cor. 8:6). E ele nos recomenda que não devemos nos deixar dissuadir de forma
alguma, veja o que ele diz: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. (Col. 2:6-9).
É deste assunto que se trata este estudo, reiterar o princípio bíblico monoteísta das escrituras sagradas, nosso objetivo não é querer provar a existência de Deus, jamais subiu a minha cabeça, e nem tampouco é a minha intenção fazer isso, até porque Deus em sua essência dispensa estes apetrechos humano de querer provar por A ou por B que ele existe, nem mesmo queremos convencer você desta realidade incontestável. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. (Rom. 1:20). E ainda diz: “OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. (Salmos 19:1-3). Pois na verdade que você acredite ou deixe de acreditar, mesmo assim Deus existe, a sua crença, seus conceitos não vai mudar, e nem alterar em nada a realidade da eterna existência de dEle, pois independente de você crer ou não que Ele existe, a palavra de Deus afirma: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus”. (Salmos 90:2). No entanto, nosso objetivo é apresentar o antigo conceito bíblico monoteísta, unicista da singularidade de Deus, e apresentá-lo assim, verdadeiramente como a Bíblia define, afirmando: “Que te conheçam a ti só, como único Deus verdadeiro...” (Jo. 17:3). Vejamos também o que diz o profeta Isaías: “A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?” (Is. 40:18). Deus é único, singular não há outro deus semelhante a Ele, refutando assim o falso ensinamento do dogma da “trindade”. A nossa finalidade sem dúvida é combater esta heresia da “trindade”, que tem contaminado a cristandade através dos anos, procurando confirmar um antigo conceito pagão (a trindade) da concepção de três deuses, deus pai, deus filho e deus espírito santo. Esta concepção da triplicidade de deuses defendida pela cristandade, é uma crença das religiões politeístas antigas, tais como: o bramanismo, o xintoísmo, o budismo, ou das mitologias egípcias, gregas, e romanas a concepção da trindade. E é justamente sobre isso que iremos tratar neste estudo, além de colocarmos explicitamente os princípios bíblicos monoteísta que afirmam unicidade ou a singularidade de Deus.
CAPÍTULO I
A ORIGEM DO MONOTEÍSMO
Introdução
Monoteísmo é um Sistema de Doutrina dos que admitem a existência de um Deus único. Adoração a um só Deus. A origem do monoteísmo é muito remota, ela não teve inicio com o patriarca Abraão, pois Adão, Abel, Sete, Enos, Noé, Moisés, todos eles veneravam um único Deus. Jesus Cristo nos ensinou o monoteísmo evocando o principal mandamento da lei, que diz: ” Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o
único Senhor”. (Deut. 6:4). “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. (Luc. 12:29).
Abraão, Nosso pai na fé
Muito embora o monoteísmo seja bem antigo, nós iremos tomar como referência desta prática, para fins deste estudo, a figura do patriarca Abraão, que a Bíblia diz que ele é o nosso pai na fé. (Rom. 4:12,16. Gál. 3:7). Abraão ainda vivia na mesopotâmia no meio dos seus familiares quando o Senhor Deus o chamou. Seus familiares eram todos politeístas, adoravam vários ídolos, Abraão conviveu com esta crença, até que Deus visitou Abraão e o tirou da sua terra e do meio deles, mesmo ele tendo nascido e se criado meio a idolatria dos seus familiares, acostumado a ver os povos, e seus compatriotas adorando astros, animais e outras figuras como divindade, oriundo de um povo politeísta, e trinitariano, porque o povo mesopotâmico e egípcios, cultuavam uma trindade, assim como os “cristãos” atuais também cultuam a uma trindade. Foi em um ambiente assim que Deus escolheu a Abraão para ser o pai de uma grande nação (Israel) monoteísta e unicista, um povo diferente do resto das nações do mundo.
Meio a tudo isso, Abraão ainda se dispôs a crer em um único Deus, o “Eu Sou”, a forma hebraica da palavra Jeová ou (YHWH) que significa aquele que é, ele acreditou neste Deus que lhe apareceu, em Ur, pela primeira vez dizendo: “Eu sou o “Deus Todo-Poderoso”, anda em minha presença e sê perfeito”. Gêneses 17:1”. (Estudo PB pg.17). A figura de Abarão como nosso pai na fé, não se caracteriza apenas pela crença nas promessas de Deus feita a ele, mais principalmente pela forma de adoração a um único Deus por ele adotada, foi isso que o tornou pai de uma multidão, não só dos cincuncisos, mais dos incircuncisos, não somente dos que observam a lei, mas sim os que crêem na graça, que andam nos seus mesmos passos, a exemplo daqueles que adoram a um único Deus. (Rom. 4:12). Essa é a herança do nosso pai Abraão, sua abnegação politeísta, e a adotação da crença em um único Deus. Assim a Bíblia diz: “E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai ABRAÃO, que
tivera na incircuncisão”. (Rom. 4:12). Abraão não adotou a concepção de um “deus trino”, ou de uma “Trindade” ele creu no único Deus que lhe apareceu, e lhe disse: “Eu Sou”, (YHWH) que é forma hebraica que deu origem a palavra “Jeová ou Javé) que significa: “aquele que é”. (Gên. 17:1). E o apóstolo Paulo aprendeu também assim, e por isso ele diz: “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de ABRAÃO. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente ABRAÃO”.(Gál. 3:7,9).
A religião judaica
A crença Monoteísta de Abraão deu origem a religião judaica que mais tarde foi codificada pelo o grande legislador hebreu Moisés.
O Cristianismo apostólico
A confissão de fé paulina, admite a crença em um único Deus somente, quando o apóstolo Paulo nos ensina o fundamento desta fé com base na unidade cristã, vejamos: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só SENHOR, uma só fé, um
só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”. (Efésios 4: 4-6).
Conclusão Neste capítulo nós vimos que a fé monoteísta (unicista) teve origem no nosso pai Abraão que transmitiu para os seus descendentes, tanto judeus como cristão apostólicos, a exemplo dele vimos o testemunho de Jesus e do apóstolo Paulo que por sua vez transmitiram a igreja de Deus a crença em um único Deus verdadeiro.
(João 17:3). A seguir, no próximo capítulo, iremos estudar a origem do dogma da “trindade”, e quem são realmente os responsáveis por esta doutrina supostamente cristã.

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